Se você vai estudar ou morar em outro país é bem provável que em algum momento acabe precisando de algum valor que está no Brasil. E aí vem o grande dilema: como enviar dinheiro para o exterior sem pagar as altas taxas cobradas pelos bancos?
Eu já sofri bastante com isso. Mas, para nossa alegria e do nosso bolso também, hoje, graças à tecnologia, já é possível mandar ou receber quantias para o exterior sem precisar passar por uma instituição financeira tradicional.
E isso inclui também o famoso “Travel Money”, já que as taxas para esse tipo de cartão também são altas. Por isso, resolvi explicar nesse texto quais são as alternativas do mercado e como elas funcionam.
Espero que seja útil!
Travel Money: vale a pena?
Quando eu fiz intercâmbio, lá em 2014, basicamente o único jeito de conseguir enviar dinheiro para o exterior era aderindo ao cartão pré-pago chamado “Travel Money”.
Assim, você não precisava pagar uma alta taxa de transferência e tinha acesso ao dinheiro em poucos minutos. Além disso, era uma opção para fazer compras sem utilizar um cartão internacional e sofrer com a conversão.
Essa era, também, uma boa maneira de receber dinheiro de alguém do Brasil porque a pessoa poderia transferir a quantia para sua conta de um banco brasileiro e de lá você recarregava seu Travel Money.
A maioria das agências de intercâmbio que conversei e mesmo outras pessoas que já tinham viajado me indicaram esse meio. Na verdade, essa era uma das únicas maneiras. Porém, continuávamos presos a um banco para enviar dinheiro ao exterior.
E isso, novamente, significa altas taxas.
Hoje, por exemplo, numa cotação feita pelo Itaú, se você quiser recarregar 150 euros no Travel Money, vai pagar:
IOF de R$ 46,16 + 4,82 por euro = R$ 769,16
Pelo cartão, você também pode fazer saques, será cobrada uma taxa IOF mais uma tarifa, cerca de R$ 3, dependendo do banco.
O Travel Money não é uma opção ruim, mas ao meu ver cara. Se você está fazendo intercâmbio, economizar significa poder investir em outros passeios e atividades. Assim, como se você mora no exterior.
Bem, então quais são as opções?
Como enviar dinheiro ao exterior pagando taxas menores?
1 – TransferWise
A primeira delas que quero falar nesse texto é a TransferWise, fundada por Taavet Hinrikus, que trabalhou para o Skype, e Kristo Käärmann, que passou por empresas como PwC e Deloitte.
Os dois recebiam seus salários em moedas diferentes da do seu país e queriam fugir das conversões bancárias.
Foi aí que surgiu a ideia da TransferWise e o bom é que ela facilita a vida de quem está fora do Brasil. Pela plataforma é possível enviar dinheiro para o exterior ou mesmo receber.
Para você poder comparar, vou usar o mesmo valor acima. Então, digamos que você queira mandar 150 euros para outro país, pela Transferwise você pagaria:
R$ 19,04 de taxa de serviço, incluindo IOF + 4,52 por euro = R$ 697,75
Ou seja, uma economia de R$ 72 comparada ao Travel Money.
A cotação que fiz acima é utilizando o que eles chamam de “transferência rápida” que seria por TED.
Mas, agora também é possível enviar dinheiro para o exterior por meio de boleto bancário “transferência padrão”. Nesse segundo caso, a taxa de serviço cobrada é um pouco maior, no exemplo acima ficaria em R$ 26,04.
Mas como funciona?
A diferença entre a TransferWise para um banco é que o dinheiro não precisa atravessar fronteiras.
Quando alguém quer enviar, por exemplo, R$ 1.000 para fora, eles utilizam o mesmo crédito para depositar na conta de alguém que vai receber essa mesma quantia na mesma moeda.
Com isso, eles conseguem trabalhar com taxas de câmbio e comissão menores, o que se torna atrativo para quem precisava enviar e receber dinheiro.
Para usar o serviço você precisa criar uma conta no site, depois preencher os dados do seu banco e também de quem receberá o dinheiro.
O tempo para receber a transferência varia de país para país. Geralmente algo em torno de 1 a 4 dias úteis.
O TransferWise também permite que você crie solicitações de pagamento. Por exemplo, você indica a quantia que precisa receber e envia o link para quem fará o pagamento.
Conta multimoeda
A grande novidade da empresa é a conta multimoeda. Sendo que ela vem com um cartão Mastercard e pode ser usado para receber dinheiro de mais de 30 países.
É seguro usar o TransferWise?
Pela minha experiência posso dizer que sim. Nunca tive problema e já usei o site diversas vezes para enviar dinheiro para o exterior.
Além disso, o serviço é sério e bem estruturado. O único ponto negativo que tive foi uma espera de 20 minutos para conseguir falar com a central de atendimento no Brasil. Depois, meu problema foi resolvido e a pessoa que me atendeu bem atenciosa.
Se você quer experimentar o serviço, por meio do meu link sua primeira transferência até R$ 500 é isenta de taxas. Mas, se você quiser mandar um valor maior, não tem problema, terá o desconto do mesmo jeito.
Acesse aqui e aproveite! 🙂
2 – Remessa Online
Uma outra forma de enviar dinheiro para o exterior ou mesmo receber valores de outros países é a Remessa Online.
A empresa é brasileira, com sede em São Paulo e funciona de forma bem parecida com a Transferwise. Sendo que um dos diferenciais é que eles também permitem o câmbio entre empresas e não só pessoa física.
As taxas são bem atrativas. Ainda utilizando o mesmo exemplo acima, se você enviar 150 euros pela Remessa Online, vai pagar:
R$ 697,04 já com taxas e IOF inclusos.
Como funciona
A Remessa Online usa a tecnologia blockchain para se conectar a provedores de pagamento ao redor do mundo.
Sendo que o tempo médio para um envio ser concluído é um dia útil, por TED.
Além disso, é possível fazer transferências para mais de 80 países, como Estados Unidos, Portugal, Canadá, Alemanha e outros.
Se você quer utilizar a Remessa Online para enviar dinheiro para o exterior, utilize meu voucher, digitando – euviajei – você ganha 10% de desconto na taxa de serviço. Acesse o site aqui e aproveite! 🙂
É isso! Essas foram minhas dicas para você conseguir enviar dinheiro para o exterior fugindo das taxas de bancos. Morando fora, eu utilizo e sempre me ajuda a economizar.
Você já usou algum dos serviços que citei acima? Deixe sua opinião nos comentários.
Até a próxima! 💸
*Esse post foi escrito em 2016 e atualizado em 2019. Ele contém links afiliados, mas não é publieditorial.