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Por que as redes sociais acabam com o prazer de viajar? 

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Como você escolheu os últimos lugares para onde viajou? Uma grande chance é que sua resposta seja: pelas redes sociais. Não temos como negar que as mídias têm transformado nossos hábitos para quase tudo e, quando falamos em viagem, isso não é diferente. Porém, será que isso é positivo? 

Se por um lado as redes sociais podem servir como inspiração e ajudar na hora de montar seu roteiro, por outro ela também pode te causar mais ansiedade do que você imagina. Afinal, são tantos lugares lindos e maravilhosos que eu PRECISO conhecer. 

Vivemos conectados

Segundo uma pesquisa feita pela NordVPN e divulgada em sites como o Olhar Digital, o Brasil é o terceiro país a passar mais tempo conectado às redes sociais.  A pesquisa apontou que passamos, em média, 91 horas semanais na internet, dessas 10 horas e 35 minutos são em redes sociais, como Facebook, Instagram e TikTok.

Comparado aos Estados Unidos, um estudo feito pela USwitch mostrou que os americanos passam cerca de 109 minutos por dia nas redes sociais, totalizando uma média de 610 horas por ano. Sendo o Instagram a segunda rede mais utilizada, os americanos costumam passar cerca de 53 minutos por dia na rede, ou seja, 297 horas por ano. 

E, como bem sabemos, boa parte desse tempo pode ser olhando perfis de viagem, de pessoas postando fotos lindas em todos os cantos do mundo. Muitas vezes, diante desse conteúdo, bate aquele pensamento “poxa, todo mundo viajando e tirando fotos lindas, enquanto eu estou aqui” ou ainda “minhas fotos nunca ficam tão boas como as das outras pessoas”. 

Essas impressões podem nos levar a algo mais sério como a patologia FOMO. 

FOMO, redes sociais e viagens

Se você segue Youtubers, é bem provável que já tenha ouvido falar em FOMO. No inglês ela é a sigla para “Fear of missing out”, em português sua tradução é “medo de perder algo” ou “medo de ficar de fora”. 

Embora a patologia FOMO já existisse antes do boom das redes sociais, alguns estudos já começam a mostrar que quanto mais tempo passamos nesses aplicativos, maiores são as chances de sentirmos que estamos perdendo algo ou que estamos ficando de fora de algo. 

Quando falamos em viagem não é diferente. Afinal, fotos de viagens são parte das preferências dos usuários, principalmente em redes como o Instagram, mas também com a nova moda de reels, TikTok ou ainda volgs no YouTube. 

Com tantos lugares maravilhosos no mundo, não é difícil começarmos a sentir FOMO em relação às viagens. Seja porque achamos que as outras pessoas estão viajando muito mais que nós e, consequentemente, estamos aproveitando a vida muito menos que elas. 

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Seja, ainda, por uma comparação interminável, as fotos, os vídeos e tudo da viagem dos outros parecem mais interessantes do que a minha última experiência. E, assim, não é difícil entrar numa insatisfação eterna com nossas próprias viagens. 

Redes sociais acabam com as viagens

As redes sociais podem acabar com o prazer de viajar. Pense bem, antigamente, viajar tinha uma relação muito grande com férias, um momento de descanso, diversão e até de se “desconectar” das nossas rotinas. 

Com as redes sociais, viajar tem se tornado, cada vez mais, uma forma de se exibir, de mostrar que nós também estamos fazendo coisas legais e conhecendo lugares lindos. O problema é que, com isso, muitas vezes acabamos nem aproveitando o lugar que estamos. 

Sem falar que, muitas vezes, acabamos escolhendo um lugar para conhecer porque ele é “instagramável”. Mais e mais sites ou perfis divulgam, em cada cidade, quais são os melhores lugares para fotos de Instagram. 

Eu te pergunto, qual é o significado disso? Acabamos perdendo a essência de por qual razão é gostoso viajar, seja dentro do seu próprio país ou para novas culturas. Passamos nosso momento de descanso em busca da foto perfeita, do lugar perfeito, reféns dos likes e visualizações. 

E quando voltamos da viagem e comparamos nossas fotos com as dos outros, ainda nos sentimos decepcionados com o resultado. 

O que é FOMO de viagens?

Se FOMO é o medo de estar perdendo algo, o FOMO de viagens é a sensação de que os outros estão sempre viajando, conhecendo o mundo, vivendo experiências extraordinárias, enquanto você continua no mesmo lugar. 

A sensação de FOMO pode, ainda, acontecer antes, durante ou depois de uma viagem. Antes, quando começamos a pesquisar atrações, restaurantes e buscar roteiros e nos damos conta que não vamos ter tempo suficiente para conhecer todos os lugares que gostaríamos.  

Durante, quando começamos a temer que não vamos ter tempo suficiente para fazer tudo que queremos ou se, finalmente, não conseguimos visitar um lugar que queríamos, super popular nas redes sociais.

Essa sensação se agravou bastante com a popularização dos nômades digitais e a possibilidade de viajar o mundo enquanto trabalha ou, ainda, a ideia de fazer uma volta ao mundo, tirar um ano sabático. 

O problema é que, embora essas experiências possam sim trazer grandes aprendizados e proporcionar experiências incríveis, elas também têm seus pontos negativos, quase nunca compartilhados pelo viajante. Ou, o que vemos muito hoje, compartilhado de uma forma romantizada. 

Selfies matam mais que tubarões

Se até agora falamos sobre consequências principalmente psicológicas das redes sociais e viagens. Não podemos esquecer que eventos mais graves também estão relacionados com as redes e viajar, como a crescente morte por selfies. 

Aliás, os dados divulgados pelo New York Post em 2020 são sérios e deveriam receber mais atenção. Já que uma pesquisa divulgada pelo site mostrou que 41% das pessoas entrevistadas já tinham colocado suas vidas em risco em busca da selfie perfeita. 

Além disso, 1 em cada 10 dos entrevistados relataram machucados causados na tentativa de capturar a melhor foto. Essa mesma pesquisa mostrou, ainda, que um terço dos participantes assumiram ter visitado um lugar apenas para “fins digitais”. 

Esse mesmo artigo aponta, ainda, outro estudo que mostrou que entre 2011 e 2017, cerca de 259 pessoas morreram em acidentes relacionados a selfies, enquanto apenas 50 pessoas morreram por ataques de tubarão. 

Viajar e os efeitos no planeta 

Mais um ponto importante a ser ressaltado é as consequências das nossas viagens para o meio ambiente. Afinal, nossas férias em avião, carro ou navios é um grande poluidor e tem consequências na mudança climática.

Além disso, quando alguns lugares se tornam “instagramáveis”, o fluxo de pessoas visitando-o aumenta e modificações no ambiente local podem ocorrer. É só pensar em áreas que só podem ser visitadas por barco, praias ou mesmo cidades. As viagens vão ter um impacto no povo local.  

Como, então, viajar em paz em épocas de redes sociais? 

Minha inspiração para esse texto foi baseada na minha própria experiência. Eu sempre quis conhecer o mundo e viajar. E quando lá em 2016 eu decidi criar um blog de viagens durante meu ano como nômade digital, senti muitas consequências negativas, principalmente causada pelas redes sociais. 

Primeiro uma pressão enorme de conhecer mais e mais lugares. Afinal, se você tem um blog de viagens precisa viajar, certo? E eu sempre via outros blogs em que as pessoas diziam ter conhecido 50, 60 países e eu sentia que precisava fazer o mesmo. 

Além disso, nas redes sociais, cada lugar que eu ia me cobrava em tirar as melhores fotos possíveis, em fazer todos os passeios possíveis, em visitar o maior número de atrações possíveis para poder escrever sobre elas depois. E, no final, muitas vezes eu vivia em constante FOMO e acabava nem aproveitando minhas viagens. 

Aliás, viajar para mim acabou virando muito mais uma obrigação do que um prazer. Eu passava horas comparando minhas redes sociais com as de outras pessoas e pensando que minhas fotos eram piores. Até a minha imagem e minha autoestima pioraram muito nessa época. Eu até já escrevi aqui sobre meu processo de autoaceitação. 

Como, então, podemos voltar a aproveitar as viagens sem deixar que as redes sociais acabem com nosso prazer? Aqui compartilho o que eu tenho tentado aplicar na minha vida, tendo em mente que é um processo sem fim, ou seja, é preciso treino e vontade.  

1 – Não viaje para as redes sociais 

Em 2018 eu tomei uma decisão considerada por alguns como drástica, deletei meu perfil no Instagram, mesmo já tendo conseguido, naquele momento, um número razoável de seguidores. 

E foi a melhor coisa que eu fiz! No começo eu sentia falta, mas depois aquela obrigação de postar nas redes tudo que eu estava fazendo durante uma viagem para poder ser considerada uma “blogueira de viagens” foi diminuindo cada vez mais. 

Eu ainda adoro tirar fotos, tento fazer o meu possível para tirar boas fotos e adoro o processo de edição, mas sempre me lembro que estou fazendo isso porque eu gosto e não porque eu preciso para ganhar seguidores no Instagram. Esse ano, 2022, resolvi voltar para o Instagram, mas com o objetivo claro de compartilhar o meu trabalho, sem obrigações ou neuras. 

Minha primeira dica para você é: não viaje para as redes sociais! Ao invés de ir nos países que têm os lugares mais “instagramáveis”, faça uma lista daqueles lugares que você sempre quis conhecer, seja pela cultura, gastronomia ou qualquer razão que seja sua. 

Dê prioridade a esses lugares nas suas próximas viagens!  

2 – Fique menos conectado 

Um pouco depois de ter deletado meu perfil no Instagram, eu organizei um tour pela Europa e foi muito gostoso passar todo o tempo em lugares lindos como a Eslovênia e a Áustria só aproveitando os lugares que sempre quis ir. Sem nenhuma obrigação com fotos, vídeos ou em compartilhar nada.

Isso não significa que você não possa tirar fotos para guardar de lembrança, mas ao invés do objetivo dessas fotos ser o de postar nas redes sociais, permita-se apenas registrar o momento. 

E se você amar fotos como eu, tente não tirar uma foto pensando na quantidade de likes que ela teria. 

Eu te convido a, na sua próxima viagem, se desconectar completamente das redes sociais e aproveitar o lugar que você está visitando. 

3 – Viaje com mais consciência

Eu amo viajar, amo road trips, mas não podemos ignorar o impacto que nossas viagens têm no meio ambiente. Faça escolhas mais conscientes e sempre respeite o ambiente e as pessoas locais. 

Com as redes sociais, a febre virou “quantidade é melhor que quantidade” e eu sei que esse é um dos pontos que mais preciso trabalhar em mim, para cada vez mais voltar a “qualidade e não quantidade”. 

4 – Evite comparações 

É difícil não se comparar nas redes sociais quando a vida de todo mundo está exposta. Mas, uma das grandes causas da FOMO e insatisfação com suas próprias viagens é o fato de se comparar. 

Evite ao máximo fazer isso e sempre tenha em mente que a grande maioria das fotos postadas nas redes sociais são editadas, inclusive em blogs. 

Aproveito para dizer que as fotos do Mlle Rebelle são editadas! E eu continuo a fazer a edição porque gosto do processo criativo envolvido nisso. Não compare as suas fotos e poses com as dos outros. 

E você, também sofre ou já sofreu com FOMO de viagem e a comparação nas redes sociais? Me conta nos comentários, além de compartilhar qual é o próximo destino que você quer visitar e o motivo! Se quiser se conectar pelo Instagram, é só buscar pelo @lihlfreitas.    

Até a próxima! 💙

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Tags: FOMOredes sociaisviajar
Líh Freitas

Líh Freitas

Jornalista e viajante. Já morei na Irlanda para um intercâmbio e hoje moro na França, também já experimentei a vida como nômade digital. Amo escrever, filosofar, fotografar e um bom pain au chocolat.

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